Como comentei quando fiz os comentários de Inimigo de Deus, o segundo livro foi meu favorito, até porque neste aquele ar de que tudo vai começar a dar errado fica bem claro, personagens que antes adorávamos passam a ser detestáveis, e vice-versa, porém, mesmo com meu favoritismo pelo outro livro não dá para negar que Excalibur foi palco da cena mais eletrizante de toda a saga, e não arrisco a dizer que uma das cenas mais eletrizantes de todos os livros que já em toda minha vida: o resgate do filho do Arthur.
De tantas coisas lazarentas que já esperava que Nimue faria depois que começou a perder um pouco a linha, essa não era uma delas. Tentar sacrificar o filho dele, e ainda mais, cortar o pescoço do Gawain em cima do caldeirão.... Seriamente, aquela corrida com os cavalos no círculo de fogo para parar o sacrifício. E pelos deuses, o desespero do Derfel, porque ao mesmo tempo que ele queria que os deuses viessem – e para isso não poderia impedir o ritual – ele também queria do fundo do coração salvar o filho do melhor amigo. E quando ele salva e o céus responde ele sabia: a Britânia estava perdida.
É fantástic a forma que o autor mescla o místico no real. Porque nunca saberemos se os deuses viriam porque o ritual não se completou. Como saber se era tudo fantasia ou não? Era exatamente isso que os personagens vivem, a linha entre o real e o mágico era muito, mas muito difusa naquela época e o Bernard Cornwell trouxe exatamente isso para esses livros.
Depois disso, eu diria que o livro vai ficando com aquela sensação desesperadora de final trágico, quando Ceinwyn fica doente e Derfel acredita que é uma maldição de Nimue, ele pede para Arthur cortar sua mão e finalmente ficamos sabendo o que aconteceu com a mão dele. Não vou negar que fiquei um tanto surpresa, eu jurava que ele perderia a mão em uma batalha! Ter sido escolha dele e para salvar a Ceinwyn me deixou molenga demais, o amor deles é lindo demais.
E por mais que o final trágico para Arthur e Guinevere já era esperado devido às lendas não terem acabado muito bem, foi muito, mas muito gratificante mesmo esses dois terem terminado até o fim da vida dela juntinhos. Para mim, salvou totalmente a história, mesmo com o final amargo.
As cenas de luta no livro foram legais, principalmente aquela que usa o corpo do Gawain, mas com certeza o que mais me chamou a atenção nessa saga foi tudo que aconteceu fora as lutas.
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