14 de fevereiro de 2022
Desenterrando a leitura lá de 2009 resolvi recomeçar a saga da Academia de Vampiros que nunca terminei. Depois que Crepúsculo foi um sucesso na minha adolescência, conheci estes livros e na época uma escola com vampiros bonitões era tudo que eu poderia querer. Já hoje li sabendo o que esperar, só querendo distrair e saber afinal o que acontecera com os personagens.
Resenha
sem spoilers:
Como
você deve imaginar, Academia de Vampiros é um livro adolescente escrito por
Richelle Mead na qual a escola divide os alunos em duas castas, os vampiros e
os dampiros (mestiços) que trabalham como Guardiões (guarda-costas). Sendo que
os vampiros, denominados Moroi, não são aqueles cláaaassicos vampiros
“malvados”, não, esses são os vilões da história, os Strigoi.
Dentro
desse contexto acompanhamos a história de Rose e Lissa, uma dampira e uma
vampira, que são melhores amigas. A saga delas começa com elas sendo arrastadas
de volta para a escola porque por algum motivo que ainda não é apresentado elas
fugiram para bem longe.
“Beijo
das Sombras” é uma leitura rápida e simples, além de não ser uma história de
vampiros convencional. Não só pelo fato de separação entre Moroi x Strigoi, mas
também porque os Moroi parecem muito mais magos que sugam sangue do que
vampiros, pois utilizam magia dos elementos e podem sair no sol.
Acredito
que é um ótimo livro “guilty pleasure” e um detalhe importante é que eu AMO
como a literatura adolescente entre 2000-2011 é muuuito mais violenta e
explícita, não que seja um Game of Thrones, mas por exemplo, os acontecimentos
entre os personagens desse livro são muito mais maduros do que os em Um Tom
Mais Escuro de Magia da Schwab que teoricamente é um livro “adulto”. Me
pergunto o porquê dessa “censura” se desenvolver entre a literatura, mas chuto
na infantilização do adolescente e jovem adulto. (Reparei agora como quero
fazer uma matéria sobre isso).
Comentários (Daqui para baixo contém spoilers):
Bem, na
verdade, tem poucas coisas que quero comentar sobre essa leitura, no geral eu
gostei bastante, afinal, li já sabendo o que esperar, um romance adolescente
com um tico de ação. Apesar do enredo ser mega simples e previsível, o vilão
final me pegou de surpresa pela segunda vez (tinha esquecido totalmente do tio
dela), e a leitura é mega fluída.
Uma
coisa que posso falar que não curti nessa releitura foi a própria principal
Rose, não o fato dela ser impulsiva, pois até ai tudo bem ter personagens esquentadinhas,
mas o jeito alienado que ela trata a Lissa de colocar a amiga sempre em
primeiro lugar é chato deeeeemais, é exagerado e dá preguiça até de ler essas
partes da cabeça dela. Eu não lembro mesmo da continuação, mas tô torcendo
muito que ela pare com isso e siga o baile, só fique com Dimitri e a Lissa que
se vire com outros guardiões.
Outra
coisa que mudou desde a primeira vez que li foi meu personagem masculino
principal, quando eu era adolescente havia apaixonado no Dimitri, todo másculo,
focado em seu serviço, amando ardentemente a Rose mesmo sabendo que é errado.
Hoje, já adulta, eu pensei “caraio mano, ela é uma adolescente, vai caçar outra
coisa pra fazer”, além de que o Christian é muito mais charmoso com aquele
humor sarcástico e sinceridade nos sentimentos.
Esse
lance dos Morois não serem vampiros convencionais tira quase totalmente o ar de
ser uma história sobre vampiro, o que não é efetivamente um problema, só se a
pessoa for ler a história com muita expectativa que seja um Harry Potter
misturado com Drácula.
Uma das
coisas que o livro já me surpreendeu na época foi colocar uma personagem negra
como principal. Hoje já encontramos vários livros de fantasia com principais
negros, porém lá em 2009 era bem raro de ver, principalmente aqui no Brasil.
Inclusive no filme de 2014 foi uma atriz branca que fez o papel, sendo que a
personagem se descreve como “tendo pele de cor de casca de amêndoa”. Por sorte
os direitos dos livros foram comprados para fazer uma série nova e a atriz da
Rose desta vez será negra.
Estou
ansiosa para ver a série e pretendo ainda em fevereiro começar a ler a
continuação “Aura Negra.”
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